sábado, 17 de agosto de 2013

MORTES POR ACIDENTES NA REDE ELÉTRICA

Embora o número de acidentes por contato com a rede elétrica no Brasil tenha diminuído no ano passado, se comparado ao ano de 2011, segundo dados divulgados pela Associação Brasileira de Distribuidores de Energia Elétrica (Abradee), os números ainda são alarmantes. Os dados são referentes à área de concessão de 64 distribuidoras de todo o Brasil e constatou-se que em 2012 houve 818 acidentes, resultando em 293 mortes. Esses números representam 4,4% menos de acidentes e uma redução de 6,9% em mortes, comparados à pesquisa apresentada em 2011.
O principal acidente ocorreu devido à construção ou manutenção predial, o que significa 28% do total de morte e que está em primeiro lugar nas pesquisas desde 2001. Seguido pelas ligações clandestinas, os chamados “gatos”, representando 11% das mortes. A Abradee ressaltou que nos últimos seis anos, 29% das mortes por ligação clandestina ocorreram na região Norte. Em terceiro lugar, ficaram os casos envolvendo o cabo energizado ao solo, com 10% dos casos. Esse ano, a poda de árvores entrou na pesquisa, já que os acidentes com a rede elétrica durante a poda de árvores representou 4% no ano passado.
Como 10% dos casos de óbito envolvem acidentes com cabo energizado ao solo, o presidente da Abradee comentou que redes subterrâneas melhorariam esses dados, mas por custarem cerca de 10 vezes mais do que uma rede aérea, isso traria um aumento da tarifa insustentável. “Precisamos de redes aéreas mais modernas, compactas, protegidas e que não permitam o toque da parte energizada. Algumas empresas já adotam este padrão desde o fim dos anos 1990, mas não são muitas. A maioria é a comum, que vemos por aí”, explicou.
A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) apresentará no próximo dia 26 de setembro um workshop para discutir alguns elementos importantes sobre a necessidade de se criar um regulamento para a instalação de rede subterrânea. “Vamos discutir e analisar a necessidade de critérios técnicos para a instalação dessas redes. Acredito que no primeiro semestre de 2014 já vai estar em audiência pública”, explicou Carlos Alberto Mattar, superintendente regulação dos serviços de distribuição da Aneel, que também esteve no evento de divulgação dos resultados pela Abradee.
Fonte: Jornal da Energia

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