quinta-feira, 15 de setembro de 2011

NOVO PADRÃO DE TOMADAS

     Hoje, no Brasil, existem mais de dez modelos de plugues diferentes e quantidade semelhante de tomadas, gerando uma situação de risco de choque elétrico ao usuário, sobrecarga na instalação elétrica e desperdício de energia, através da dissipação de calor.
     Padrão é sinônimo de segurança, porém não existe no mundo um padrão único. Cada país desenvolveu o seu próprio, e o estabelecido na Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT foi desenvolvido, considerando a conectividade com os plugues hoje existentes. O modelo definido é conectável com 80% dos aparelhos elétricos atuais.
     No formato atual, no momento do encaixe do plugue na tomada, o usuário entra em contato com os pinos do plugue, que estão em contato com a parte viva da tomada, o que acarreta o risco de tomar choques elétricos.
     Com a tomada padrão, os consumidores, principalmente as crianças, não correrão mais o risco de choques elétricos, além de promover a adaptação de voltagens diferentes que existem, hoje, em nosso país e ajudar a combater o desperdício de energia.
     A mudança não é drástica, uma vez que a maioria dos plugues de dois pinos comercializados em aparelhos eletroeletrônicos, fabricados no Brasil nos últimos anos, já se encontra adequada ao novo padrão, mostrando que o mesmo é totalmente compatível com a tomada atual.
     A maior mudança para os consumidores ocorreu a partir de 2010, quando aparelhos como geladeira, máquina de lavar roupa e microondas, que necessitam de incorporação do condutor-terra, passaram a apresentar o plugue de três pinos. Para esses casos, o consumidor terá que trocar a sua tomada. Aqui vale ressaltar que o fio terra é um item de segurança e não deve ser desprezado.
     Nos demais, a troca da tomada será feita à medida que o  consumidor julgar necessário, uma vez que o plugue padrão de dois pinos é compatível com a tomada atual. Isso quer dizer que aquele fiozinho da geladeira e de vários outros eletrodomésticos, que a grande maioria das pessoas nem sabe para o que serve, tem a mesma função do chamado "3° pino" dos plugues e tomadas do padrão brasileiro, ou seja, aterrar o equipamento. Só que, como as construções não ofereciam aterramento, o fio ficava sem função. Agora, o fio desaparece e o aterramento será feito através do plugue e da tomada com 3 pinos.
Padronização de apenas duas versões de correntes nominais
     A NBR 14136 padroniza as correntes de 10 A e 20 A. Em função do diâmetro dos plugues torna-se impossível a inserção de um plugue de 20 A em uma tomada de 10 A, evitando-se desta forma uma situação de sobrecarga.      Entretanto, o consumidor poderá utilizar um plugue de 10 A em uma tomada de 20 A. Esta solução proporciona ao usuário maior versatilidade.

domingo, 4 de setembro de 2011

Curto-circuito no Paraná deixa 10 estados sem energia



Na sexta-feira (02) um curto-circuito no reator da linha de transmissão de 765KV, que faz o ligamento entre Foz do Iguaçu a Ivaiporã comprometeu o fornecimento de 5,7 mil megawatts para a parte de cobertura brasileira da usina. A falta de fornecimento de energia obrigou o Operador Nacional de Sistema Elétrico (ONS) a fazer um corte seletivo e planejado, que afetou diversas regiões do país. Entre elas a região Sul, Sudeste, e também os estados do Acre, Mato Grosso e Rondônia, cerca de 10 estados foram atingidos.
A Usina Elétrica Itaipu Binacional informou que não houve qualquer problema na geração de energia na hidrelétrica. A ONS disse ainda que foi preciso acionar o Esquema Regional de Alívio de Carga (Erac), a aplicação foi feita pelos próprios distribuidores em cada estado que foi atingido pelo curto-circuito.
Com essa ação, a falta de energia não foi sentida nos grandes centros, e também não chegou a comprometer a unidade federativa por completo. Usando os cortes corretos, foi possível evitar um blecaute maior, que foi calculado em mais de 3 mil megawatts, que serviram para equilibrar a relação de carga e consumo.
A ONS ainda disse que os cortes de energia duraram menos de meia hora, o curto-circuito aconteceu por volta das 16h43 e o sistema foi restabelecido as 17h11. O Sistema Interligado Paraguaio não foi afetado pelo problema nas linhas brasileiras. O maior apagão que houve no Brasil deixou sem energia elétrica 18 estados na noite do dia 10 de novembro de 2009.
NotíciasBR

quinta-feira, 25 de agosto de 2011

EFICIÊNCIA ENERGÉTICA POUPARIA UMA BELO MONTE AO PAÍS

Além de pagar preços altíssimos pela energia consumida - em torno de US$ 130 por megawatt-hora (MWh) em consumidores industriais - o Brasil ainda perde o equivalente à energia que será gerada por Belo Monte por ano em desperdício de energia elétrica. Não sem razão o governo federal tem em fase final de aprovação o Plano Nacional de Eficiência Energética, que prevê redução de 10% no consumo, meta alinhada com o Plano Decenal e também com o Plano Nacional de Energia 2030. Isso é alentador, pois, finalmente, a eficiência energética passa a fazer parte da matriz energética.
O tema foi um dos cenários abordados em congresso promovido em São Paulo pela Associação Brasileira das Empresas de Serviços de Conservação de Energia (Abesco), na última semana, evento que superou todas as nossas expectativas e reuniu mais de 400 participantes. Tivemos reunida uma massa crítica de excelência, com participação de representantes do Ministério de Minas e Energia (MME), da Secretaria de Estado de Energia, além de acadêmicos (USP, Unicamp, Unifei), professores do SENAI, gestores e consultores, além de empresários e executivos das empresas dos serviços de conservação de energia (Escos).
Encontros como este sinalizam o potencial extraordinário que se abre para o mercado de eficiência energética no País. As estimativas com redução no consumo de eletricidade e combustíveis variam entre 5% e 40%, conforme a tecnologia envolvida, o setor econômico e as condições específicas das empresas. Especificamente para energia elétrica, estima-se reduzir, com o trabalho das Escos, 8% em média nos projetos de EE, o que equivale dizer 29 milhões de megawatt-hora/ano (MWh).
Além do potencial de redução no consumo de energia, o setor acaba de receber mais um forte impulso com a chegada da Norma ISO 50001, voltada a sistemas de gestão de energia, que foi publicada no último dia 15, juntamente com a versão brasileira. A norma é uma ferramenta fundamental para a gestão energética no chão de fábrica, edificações, nos estabelecimentos comerciais e mesmo nas residências. É uma norma de processos de melhoria e a certificação é baseada nos resultados aferidos. Dado o seu alcance, a norma vai impactar 60% do mercado global de energia.
O que se lamenta, no entanto, são as poucas operações de financiamento realizadas no Proesco, programa do BNDES criado em 2008 para fomentar projetos de Eficiência Energética. O montante até agora envolvido nesse tipo de operação não passa de R$ 33,5 milhões. Nas operações realizadas pelas Escos – empresas prestadoras de serviços de conservação de energia – os valores são ainda mais tímidos: R$1,8 milhão, em quatro projetos aprovados nos últimos dois anos.
Outro ponto a lamentar é o uso do Programa de Eficiência Energética das Concessionárias (PEE) como ferramenta política, com forte viés no atendimento de programas sociais para populações de baixa renda, distorcendo o objetivo original do PEE, que era o de atuar como agente catalisador de projetos de eficiência energética com atendimento a todo o mercado.
Tais desafios terão de ser vencidos, certamente, à custa do diálogo e de congressos como o realizado pela Abesco, onde foram ouvidas argumentações de todos os agentes envolvidos – Escos, Governo, agentes financeiros e consultores jurídicos, que acabarão levando a um modelo ideal nos contratos de performance. Mas, independentemente desse aspecto, já avançamos muito no que se refere a tecnologia e serviços em eficiência energética, o que ficou demonstrado em dezenas de cases apresentados no evento, em projetos que atingiram até 35% em reduções.
Tais resultados nos deixam otimistas e confiantes no trabalho realizado pelas Escos. Ao apresentar soluções, elas criam oportunidades de negócio para toda a cadeia, elevam níveis de competitividade da indústria nacional e ainda contribuem para a redução das emissões de gases de efeito estufa e, consequentemente, para uma economia verde e sustentável no Planeta.
(*) José Starosta é diretor da Ação Engenharia e Instalações Ltda. e presidente da Abesco (Associação Brasileira das Empresas de Serviços de Conservação de Energia).

EFEITO DAS HARMÔNICAS NOS TRANSFORMADORES

Efeitos de harmônicas em componentes do sistema elétrico
           O grau com que harmônicas podem ser toleradas em um sistema de alimentação depende da susceptibilidade da carga (ou da fonte de potência). Os equipamentos menos sensíveis, geralmente, são os de aquecimento (carga resistiva), para os quais a forma de onda não é relevante. Os mais sensíveis são aqueles que, em seu projeto, assumem a existência de uma alimentação senoidal como, por exemplo, equipamentos de comunicação e processamento de dados. No entanto, mesmo para as cargas de baixa susceptibilidade, a presença de harmônicas (de tensão ou de corrente) podem ser prejudiciais, produzindo maiores esforços nos componentes e isolantes.

1.1 Transformadores
     Também neste caso tem-se um aumento nas perdas. Harmônicas na tensão aumentam as perdas ferro, enquanto harmônicas na corrente elevam as perdas cobre. A elevação das perdas cobre deve-se principalmente ao efeito pelicular, que implica numa redução da área efetivamente condutora à medida que se eleva a frequência da corrente.
     Normalmente as componentes harmônicas possuem amplitude reduzida, o que colabora para não tornar esses aumentos de perdas excessivos. No entanto, podem surgir situações específicas (ressonâncias, por exemplo) em que surjam componentes de alta freqüência e amplitude elevada.
     Além disso o efeito das reatâncias de dispersão fica ampliado, uma vez que seu valor aumenta com a frequência.
     Associada à dispersão existe ainda outro fator de perdas que se refere às correntes induzidas pelo fluxo disperso. Esta corrente manifesta-se nos enrolamentos, no núcleo, e nas peças metálicas adjacentes aos enrolamentos. Estas perdas crescem proporcionalmente ao quadrado da freqüência e da corrente.
     Tem-se ainda uma maior influência das capacitâncias parasitas (entre espiras e entre enrolamento) que podem realizar acoplamentos não desejados e, eventualmente, produzir ressonâncias no próprio dispositivo.
Fonte: WGR

terça-feira, 23 de agosto de 2011

Pela primeira vez, uso de energia renovável supera nuclear

Pela primeira vez na história, o consumo de energia renovável nos Estados Unidos foi maior que o de energia nuclear. Há uma tendência de que no longo prazo, o uso de energias renováveis ficará ainda maior ​​graças ao aumento do consumo de biocombustíveis e crescimento de capacidade de produção de energia eólica.
A energia renovável não consiste apenas em energia solar, eólica, fontes de água e energia geotérmica, mas também inclui os biocombustíveis como o etanol, o biodisel e a biomassa, que inclui além da queima de bagaço de cana, resíduos de madeira.
Essa mudança no consumo de energia não significa que as energias renováveis ​​são agora a principal fonte de eletricidade nos Estados Unidos, afinal de contas, toda a energia gerada também é usada para aquecimento, transporte e produção de vapor industrial.
A influência climática também foi importante nos Estados Unidos, onde houve recorde na precipitação de neve neste ano, que com o derretimento, levou as usinas hidrelétricas a funcionarem com sua capacidade máxima e por mais tempo do que o habitual. Enquanto isso, várias instalações nucleares foram fechadas para manutenção regular e reabastecimento uma vez na primavera e uma vez no inverno, como é típico nessa época do ano.
Em pesquisa feita pela Energy Information Administration EUA (EIA) e calculando o consumo dessas energias em BTUs (Unidades Térmicas Britânicas), foi possível chegar a algumas conclusões comparativas. No mês de janeiro, por exemplo, o consumo de energias renováveis era de 724 trilhões de BTUs, enquanto o consumo nuclear estava em 761 trilhões de BTUs. Já em abril, esse consumo passou a girar em torno de 798 trilhões de BTUs de energias renováveis ​​contra 571 trilhões para a energia nuclear.
Se essas mudanças climáticas continuarem, a tendência é que o uso de energia renovável ultrapasse novamente a nuclear no ano que vem, trazendo benefícios para o meio ambiente em que vivemos.
Fonte: Greenvana

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

COGERAÇÃO DE ENERGIA

Designa-se por cogeração a produção simultânea de energia térmica e energia mecânica a partir de um único combustível, sendo esta última habitualmente convertida em energia eléctrica através de um alternador.
Os sistemas de cogeração mais utilizados são a turbina a gás, turbina a vapor, motor alternativo e célula de combustível, situando-se as principais diferenças entre eles nos rendimentos eléctricos e térmicos obtidos. No entanto, todos eles têm em comum um aproveitamento útil da energia primária (gás natural, recursos renováveis, fuel, etc.) superior a 80%, sendo, por isso, a cogeração considerada uma referência nas medidas de eficiência energética.
Os benefícios energéticos e ambientais da cogeração são de tal forma evidentes que a união europeia determinou como meta a atingir em 2010 os 18% de energia eléctrica produzida por esta via. Em Portugal, no ano 2000 este valor situava-se nos 12% pelo que, considerando uma taxa de crescimento do consumo da ordem dos 6% ao ano, verifica-se que há ainda um longo caminho a percorrer.foto cogeracao grafico Cogeracao de Energia
Existem instaladas centrais de cogeração com potências desde os 15 kW até várias dezenas de MW pelo que qualquer consumidor de energia eléctrica e térmica poderá instalar este tipo de sistema, desde pequenos agregados de edifícios habitacionais a indústrias de grande dimensão. Contudo, a sua implementação deverá ser sustentada por um estudo de viabilidade económica (após as condições técnicas estarem garantidas) onde as economias e proveitos gerados na factura energética deverão ser confrontados com o investimento a realizar, para cálculo do período de amortização.
Portal Energia

ENERGIA EÓLICA JÁ É MAIS BARATA QUE A TÉRMICA A GÁS

O custo da energia eólica no Brasil, uma das principais fontes renováveis do mundo, já é menor do que o da energia elétrica obtida em termelétricas a gás natural.
O governo classificou essa situação como o novo paradigma do setor elétrico brasileiro. Em alguns casos, a energia eólica também tem custo inferior ao das usinas movidas a biomassa de cana.
Esse foi o principal resultado dos dois leilões realizados pelo governo entre quarta e ontem, em São Paulo.
A Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) organizou leilões para garantir a oferta de energia às distribuidoras a partir de 2014. Foram contratados 1.929 MW em nova capacidade, que terá de ser montada em três anos.
Hoje, dos 110 mil MW de potência instalada no Brasil, 5.700 MW são provenientes de energia eólica.
Os preços dessa energia surpreenderam. Os valores por MWh (megawatts/hora) oscilaram entre R$ 99,54 e R$ 99,57 (a térmica a gás, em geral, está acima de R$ 120). Em leilões anteriores, o preço da eólica estava acima de R$ 130 o MWh.
Há pouco mais de dois anos, o valor passava de R$ 200 por megawatt-hora.
Aerogeradores
A situação do setor começou a virar neste ano. Só com a contratação de ontem, o Brasil viabilizou a montagem de mil aerogeradores.
Segundo Maurício Tolmasquim, presidente da EPE (Empresa de Pesquisa Energética), existem hoje quatro empresas produzindo aerogeradores no Brasil.
"Nos certificamos se essa demanda contratada nos dois leilões poderia ser atendida pela indústria local. E a resposta é que há capacidade para atender", diz.
As quatro fábricas têm capacidade anual para montar 2,8 mil MW em aerogeradores, ou 1.400 unidades.
Além dessas fábricas, o governo informou que outras quatro empresas discutem com o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) a instalação de unidades industriais.
O consumidor será beneficiado com essa redução de preço, mas o efeito ainda será residual na conta de luz.
(Fonte: Folha Online)

quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Coordenador da Rio+20 diz que Brasil terá de assumir liderança

     O coordenador-executivo da Rio+20 (Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável), Brice Lalonde, disse nesta quinta-feira no Rio que a liderança brasileira será fundamental para que o encontro, que acontece no ano que vem, produza resultados concretos.
     "Nós precisamos da liderança brasileira, porque as lideranças tradicionais desapareceram. Se a liderança não vier dos países emergentes, não haverá liderança suficiente", afirmou o francês Lalonde, que está no Brasil para encontros com autoridades governamentais e líderes da sociedade civil.
     Ele admitiu, porém, que questões internas como o aumento do desmatamento e a discussão em torno do novo Código Florestal podem pôr em xeque a liderança brasileira em questões ambientais. "Nós estamos obviamente preocupados, como todo mundo, mas temos que esperar para ver como essas situações vão se desenrolar", disse ele ao ser questionado sobre o assunto em entrevista à imprensa.
     Lalonde disse que o objetivo da Rio +20 não é produzir resultados imediatos, mas sim soluções de longo prazo para uma vida melhor no planeta. "Essa conferência pertence a uma família especial de conferências, que olham para o longo prazo, para o quadro geral. Será um grande check up para a humanidade e o planeta", afirmou.

FOCO EM ENERGIAS RENOVÁVEIS
     Em termos mais concretos, Lalonde disse que o foco da conferência devem ser as energias renováveis. "Um dos mais importantes resultados da Rio+20 deve ser a formação de uma grande coalizão global para abaixar os preços das energias renováveis e torná-las mais competitivas com as energias sujas, como o carvão", completou.
     O francês cobrou que os países sejam menos egoístas e pensem mais no planeta. "O problema do planeta é que ninguém fala em nome do planeta, só há Estados que defendem seus próprios interesses. Precisamos ser mais solidários e pensar no planeta."
     Ele afirmou que a sociedade civil também tem um grande papel na luta por um mundo mais sustentável. "As mudanças cabem muito mais às pessoas do que aos governos. As pessoas têm de pressionar os governos, afinal é o seu futuro que está em jogo. Nós não podemos deixar a juventude numa situação onde ela vai ter que pagar as nossas dívidas, não apenas financeiras, mas ecológicas", disse.
     Questionado se a atual situação econômica global poderia tornar difícil para os governantes pensar em objetivos de longo prazo, Lalonde recorreu a uma metáfora. "Quando o teto está pegando fogo, você tem que apagar o fogo no teto, mas também deveria aproveitar para consertar a infraestrutura da casa. Muitas pessoas acreditam que essa crise é parcialmente causada pela escassez de energia. Devemos aproveitar para resolver esse problema."
     Lalonde, 65, recorreu ao passado para se dizer, apesar de tudo, otimista com a conferência. "Quando eu era jovem, a palavra ecologia nem sequer existia. Hoje, uma série de instituições foram criadas e compromissos foram adotados. Nessa conferência vai ser tomada alguma decisão enorme, radical, para mudar o mundo? Provavelmente não. Mas será um novo passo adiante. Porque as mudanças reais acontecem no dia a dia. É preciso olhar para trás, para ver o que mudou nos últimos 20 anos", disse.
     A Rio+20 acontece entre 4 e 6 de junho do ano que vem. Seu nome faz referência à Eco-92, conferência que reuniu chefes de Estado no Rio em 1992 para discutir desenvolvimento sustentável.

quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Japão vai reativar primeiro reator nuclear desde vazamento em Fukushima

TÓQUIO - As autoridades do Japão anunciaram nesta quarta-feira que foi autorizada pela primeira vez a reativação de um reator desde o começo da crise nuclear no país iniciada pelos vazamentos em Fukushima. Os danos à usina foram causados pelos terremoto e a tsunami que atingiram o Japão em março desde ano, segundo informações da Dow Jones.
A agência de notícias local "Jiji" explica que o reator a ser reativado não fica em de Fukushima, mas central de Tomari, da Hokkaido Electric Power, construída na ilha de Hokkaido (norte do Japão). O reator número 3 foi colocado em funcionamento hoje, após receber sinal verde das autoridades.
O governador de Hokkaido, Harumi Takahashi, um ex-funcionário do Ministério da Economia, Comércio e Indústria, foi quem autorizou o reinício das operações do reator. O equipamento havia sido desligado para manutenção em janeiro, com previsão de retomada em abril, o que foi interrompido pelos desastres naturais de março.
A partir da catástrofe, houve a necessidade de se cumprir novos procedimentos de segurança. Assim, o reator permaneceu em testes durante os últimos cinco meses.
Agência O Globo

terça-feira, 16 de agosto de 2011

SUBSTITUIÇÃO DE LÂMPADA INCANDESCENTE POR FLUORESCENTE

     Na ansiedade de economizarmos energia e fazermos cumprir todos os itens de eficiência energética que os atuais conceitos estão impondo aos profissionais da área, acabamos esquecendo de analisar os casos com maior cuidado. Não questiono aqui quanto à economia das lâmpadas fluorescentes sobre as incandescentes, porém devemos analisar os efeitos negativos que as lâmpadas fluorescentes podem causar á rede de energia elétrica pelo uso de reatores que acabam gerando harmônicos e distorções na rede de energia.
     Sua presença no sistema elétrico pode causar situações inconvenientes, como a queima de motores e o mau funcionamento de equipamentos eletrônicos mais sensíveis há variações de freqüências ou ruídos de rede.

     O objetivo desta matéria é alertar e avaliar as distorções de onda e corrente de lâmpadas fluorescentes de diferentes tecnologias e fabricantes. Para tanto o fator de potência dos reatores a distorção harmônica total (DHT) a potencia ativa consumida, quantidade de iluminamento e principalmente a procedência, pois não basta só trocarmos uma lâmpada pela outra sem verificar estes itens. A Fluorescente foi introduzida em 1938 no mercado e ganhou o lugar devido ao baixo consumo de energia e alto nível de luminosidade e o conseqüente pequeno custo. Acabou por substituir, principalmente na área industrial as incandescentes que já estavam no mercado desde 1879.
     Portanto antes da simples substituição devemos avaliar a aplicação da lâmpada e ambiente, escolhendo um produto de fabricante idôneo que executa testes do produto dentro das normas de utilização.
     Outro fator ainda mais importante que se observou durante os testes é que a qualidade do reator é ainda mais importante que a própria lâmpada, pois nele está o circuito eletrônico que faz o disparo da corrente para o acendimento da luminária.
     Portanto quando objetivo a ser atingido é eficiência energética e qualidade de energia elétrica em sistemas de iluminação com lâmpadas fluorescentes, há de ser levado em conta o desempenho do conjunto lâmpada-reator e principalmente quando se faz o uso de reatores com ajuste de luminosidade ( dimerizáveis).
     Devemos começar a avaliar também o uso das lâmpadas LED cujo custo esta diminuindo e já tornando viável sua aplicação, mesmo em residências.

LUZ NATURAL E ENERGIA SOLAR GARANTEM ECONOMIA NO BANHEIRO

O meio da sala não é exatamente o local apropriado para a instalação de um banheiro, mas para os arquitetos da SPACESPACE, é o local ideal!
Em Osaka, Japão, uma casa de dois andares conta com um banheiro construído em desnível em relação ao piso que se parece muito com um iglu, aquela casa de esquimós. Para garantir o conforto economizando energia, o local recebe aquecimento solar. Uma manta fotovoltaica foi instalada para captar os raios solares que entram pela janela. Mesmo no inverno, há economia de energia, já que o ambiente recebe iluminação natural.
O banheiro central com aquecimento solar por fora se parece muito com uma barraca, devido à forma e à manta que o reveste, muito parecida com uma lona. Além de um espaço reservado, há ainda uma banheira. A parede dupla favorece a ventilação e a circulação do ar ambiente.
Um sofá do lado de fora da estrutura garante certo charme à iniciativa. No andar de cima da casa há três quartos, corredores abertos e duas mesas para estudo e trabalho. No térreo, além do banheiro, há uma sala de jantar e a cozinha.

quinta-feira, 11 de agosto de 2011

COELCE ELEITA A MELHOR DISTRIBUIDORA DE ENERGIA ELÉTRICA DO PAÍS


     A Coelce foi eleita a melhor distribuidora de energia elétrica do Brasil, pela Associação Brasileira de Distribuidores de Energia Elétrica (Abradee). O resultado foi anunciado em solenidade realizada ontem na Confederação Nacional da Indústria (CNI, em Brasília. 
     Trata-se do terceiro ano consecutivo em que a empresa ganha o prêmio. O presidente da Coelce, Abel Rochinha, afirmou que o prêmio foi conquistado graças a “satisfação do cliente, pois 88,4% estão ou satisfeitos ou muito satisfeitos com o nosso trabalho”, destacou. “Estamos muito satisfeitos, o prêmio já tem 15 anos e só uma empresa foi campeã por três anos seguidos. E essa empresa é a Coelce”.
     Para que seja conquistado o título de melhor distribuidora de energia elétrica nacional, a empresa é avaliada pela população do Estado com questionamentos sobre satisfação do cliente, gestão operacional, qualidade da gestão, responsabilidade social e gestão econômica financeira. “O prêmio é muito bem estruturado” avaliou o presidente da Coelce.
     A realizadora do prêmio é uma é sociedade civil de direito privado, sem fins lucrativos. A Associação reúne 43 empresas concessionárias, estatais e privadas, atuantes no país, responsáveis pelo fornecimento de energia elétrica a 99% dos consumidores brasileiros.
O Povo online

MEDIDOR ELETROMECÂNICO X MEDIDOR ELETRÔNICO

     Até anos atrás existiam apenas medidores eletromecânicos para medir a energia elétrica de clientes conhecidos como grupo "B", sejam eles residenciais, comerciais ou industriais. Com o avanço da tecnologia surgiram os medidores eletrônicos e com esses medidores veio a possibilidade de medir, além da energia ativa (kWh), também a energia reativa (kVARh) em um único medidor. Assim a ANEEL (agência nacional de energia elétrica) permitiu as concessionárias a cobrança da energia reativa, fato que ainda é novidade para os consumidores tipo grupo "B", no entanto, faz-se necessário as pessoas se adaptarem à essa nova realidade. Sobre esse assunto, vale dizer que não é cobrado mais energia dos consumidores com esses novos medidores, o que ocorre é que agora está sendo cobrada a energia reativa. Outro ponto a ressaltar é que somente é cobrada a energia reativa nos casos em que o consumidor estiver com o fator de potência abaixo do exigido por lei, que é de 92%. Nestes casos em que houver a cobrança seguidamente de energia reativa, então é necessário o cliente corrigir o fator de potência com a instalação de capacitores por meio de um profissional capacitado.

terça-feira, 9 de agosto de 2011

Brasil desenvolve segunda maior rede de monitoramento de raios para evitar catástrofes naturais

As tempestades severas como as ocorridas no início do ano na região serrana do Rio serão cada vez mais comuns e violentas no Brasil, segundo um estudo do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) em parceria com a entidade norte-americana Massachussets Institute of Technology (MIT). Para evitar que as tempestades se tornem catástrofes climáticas, o país está desenvolvendo novas tecnologias, dentre elas, a segunda maior rede do mundo de monitoramento de raios e a maior da região tropical do planeta. A maior dessas redes, atualmente, é a dos Estados Unidos.
O anúncio foi feito nesta segunda-feira (8) durante a 14ª Conferência Internacional de Eletricidade Atmosférica no Rio de Janeiro, considerado o maior evento mundial sobre o tema.
De acordo com engenheiro Osmar Pinto Júnior, coordenador do evento e do Grupo de Eletricidade Atmosférica (Elat) do Inpe, a rede BrasilDAT, desenvolvida pelo Inpe e pela Eletrobras Furnas, cobrirá, com 75 novos sensores e 33 já existentes, todo o território nacional e irá identificar descargas elétricas no solo e nas nuvens, associadas às tempestades.
“Quem retrata a severidade de uma tempestade capaz de causar um desastre são as descargas dentro das nuvens. Se a rede já estivesse funcionando na época das tempestades na Serra, a tragédia teria sido evitada, pois ela seria capaz de detectar com confiabilidade a tempestade com cerca de 20 a 30 minutos de antecedência”, explicou o coordenador do Elat.
A Região Sudeste já está coberta pela rede e a previsão é que as regiões Sul, Centro-Oeste e Nordeste estejam cobertas até julho de 2012. A rede deve custar cerca de R$ 10 milhões aos cofres públicos.
O Brasil é recordista em número de raios que atingem o solo em todo o planeta, com cerca de 50 milhões de descargas elétricas por ano, responsáveis pela morte de uma média de 130 pessoas, além de prejuízo de R$ 1 bilhão aos setores público e privado. A cada 50 pessoas que morrem no mundo por causa de raios, uma reside no Brasil.
Osmar ressaltou, no entanto, que é fundamental uma interligação entre a Defesa Civil, as prefeituras e o setor elétrico na prevenção de tragédias e a criação de uma legislação voltada para a proteção das redes elétricas de distribuição contra desastres naturais.
“Não há nada de apocalíptico no aumento de raios. Podemos ter o triplo de raios e um número menor de mortes e de prejuízos se melhorarmos os sistemas de proteção e a conscientização da população. Nosso sistema político deve ser modificado para criar leis de longo prazo”, declarou o engenheiro.
Ele criticou o fato de as empresas de energia serem penalizadas pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) em casos que envolvem desastres naturais quando, na verdade, não existe uma legislação que dê suporte para as redes de distribuição nas cidades. “Deve haver a compreensão de que, em uma catástrofe, a empresa não pode ser culpada, ela precisa de uma legislação que dê suporte para enfrentar um problema como esse.”
(Agência Brasil)

ENERGIA HIDRELÉTRICA, UMA ENERGIA LIMPA

A energia elétrica gerada por meio de hidrelétricas é uma energia limpa e o Brasil precisa saber aproveitar nossas características territoriais. No cenário mundial atual pode-se dizer inclusive que temos uma vantagem competitiva perante os outros países, tanto EUA, como países da europa e asia. Isto devido ao fato que nossa matriz energética é provida maciçamente de energia hidrelétrica, enquanto países europeus, por exemplo, produzem sua energia em grande parte com recursos de combustíveis fosseis, como é o caso do carvão mineral. O problema das grandes hidrelétricas é o impacto necessário ao alagar a área proxima a usina, interferindo inclusive na vida dos moradores vizinhos ao empreendimento. Nesse sentido surge como uma alternativa a construção de PCH's que são as pequenas centrais hidrelétricas. Uma vantagem é o tempo para a execução da obra que fica pronta em 18 meses. Outra vantagem é a redução do impacto ambiental nas redondezas da usina hidrelétrica.

domingo, 7 de agosto de 2011

INSTALAÇÃO CORRETA DO CHUVEIRO ELÉTRICO


     Antigamente os chuveiros elétricos eram bem menos potentes. Naquela época a potência dos chuveiros não passava de 3200W. Depois de algum tempo o chuveiro teve sua potência aumentada para 5400W, o que já foi um grande avanço. No entanto, a alguns anos atrás houve um incremento no mercado de diversas marcas de chuveiros e também com diversos modelos e potências, alguns chegando até a 7700W. De fato isto proporcionou uma melhora no banho das pessoas preocupadas também com mais qualidade de vida, porém, equipamentos com essa potência necessitam de um outro padrão de fiação e proteção diferente do exigido para os chuveiros de antigamente. Logo, antes de comprar um novo chuveiro é importante verificar com um profissional da área se a instalação do imóvel comporta a nova carga ou se é preciso mudar a fiação e o disjuntor.
     Infelizmente tenho percebido que as pessoas não tem se atentado também para outro tipo de problema, ou por falta de informação das lojas que vendem o produto, ou por não darem a devida importância para o assunto. Um detalhe importante na hora de instalar um chuveiro novo é a conexão da fiação elétrica, que no caso dos novos modelos com potências muito altas não podem ser instalados em tomadas como era antigamente. Como as tomadas no Brasil suportam correntes nominais de até 20 amperes, ocorre que uma tomada dessas não é compatível com um chuveiro de 7700W por exemplo. Nestes casos a conexão da fiação elétrica é feita com um conector apropriado com sistema rosqueável. Caso contrário, como já tenho testemunhado em alguns casos, pode vir a ocorrer uma sobrecarga na fiação o que pode levar a um acidente por choque elétrico.

sábado, 30 de julho de 2011

PROTEÇÃO DE REDE DE TRANSMISSÃO

Diversos problemas assolam a integridade de uma rede de transmissão, tais como:
  • Sobretensões devido a descargas atmosféricas;
  • Sobretensões devido a manobras;
  • Ventania, furacões, geada e outras condições climáticas extremas;
  • Poluição;
  • Vandalismo;
  • Eletrocorrosão.
Alguns destes problemas são transitórios, desaparecendo após o desligamento da linha. Outros acarretam danos permanentes, como queda de torres.
Defeitos de origem elétrica podem ser minimizados a partir de sistemas de protecção:
  • Cabos pára-raios,
  • Pára-raios (supressores de surto),
  • Pára-raios de linha,
  • Procedimentos coordenados de manobra,
  • Aterramento adequado,
  • Proteção catódica.

LINHA DE TRANSMISSÃO SUBMARINA

A travessia de rios e canais por linhas aéreas demanda um projeto especial, por quase sempre haver a necessidade de transpor um vão muito grande. Neste caso, a catenária formada pelos cabos será imensa, necessitando o uso de cabos com liga especial e torres gigantescas.
O uso de linhas submarinas evita o uso destas estruturas, reduzindo a poluição visual e evitando problemas em locais com travessias de navios. A linha submarina tem a limitação de possuir uma grande capacitância, reduzindo o seu alcance prático para aplicações em corrente alternada, facto no qual é preferível o uso de linhas em corrente contínua.

LINHA DE TRANSMISSÃO SUBTERRÂNEA

Uma solução para os grandes centros urbanos é o uso de linhas subterrâneas. A principal dificuldade é na isolação e blindagem dos condutores, de forma a acomodarem-se nos espaços reduzidos, ao contrário das linhas aéreas que utilizam cabos nus, utilizando-se do ar como isolante natural.
O uso de condutores isolados também dificulta a dissipação de calor, reduzindo consideravelmente a ampacidade da linha.

AMPACIDADE

Trata-se da capacidade máxima de corrente elétrica nos condutores. Conforme a corrente aumenta, a temperatura eleva-se e os condutores se dilatam, aumentando a flexa e diminuindo a distância do centro do vão para o solo. Esta distância deve ser tal para evitar contatos com o solo ou outros elementos, como animais e pessoas.
Eventualmente a linha pode operar em regime de emergência, com sobrecarga, o que é previsto em projeto mas não deve ser utilizado com frequência. Os limites de operação normal e de emergência variam para cada país.
O aumento da temperatura nos condutores eleva a resistência, no qual altera a própria corrente. O vento em contacto com o condutor é um elemento relevante no resfriamento, além da convecção. A radiação solar também influencia na elevação da temperatura do condutor.

sexta-feira, 29 de julho de 2011

RENOVAÇÃO DE CONCESSÕES DE ENERGIA ELÉTRICA

Em notícia veiculada no jornal Valor Econômico, o presidente da Eletrobras José da Costa Carvalho Neto, defendeu a prorrogação das concessões de energia elétrica que vencem a partir de 2015. Cerca de 17% da capacidade instalada de geração de energia passará pelo processo de renovação das concessões. A alternativa de leiloar todos os empreendimentos com concessões vincendas em 2015 como prevê a lei , acabaria com o equilíbrio do setor segundo Costa. Ainda segundo ele a renovação propiciaria a redução do custo de energia.

Outro problema da não renovação da concessão são os eventos esportivos que virão logo em seguida no Brasil, como a copa do mundo em 2014 e a olimpíada em 2016. Este cenário traria grande instabilidade ao setor energético criando um problema desnecessário ao governo.

quinta-feira, 28 de julho de 2011

Japão pode ter grande apagão


Verão será afetado pelo fechamento de usinas
O Japão poderá ter um apagão de mais de 9% de sua energia no próximo verão se todos os seus reatores nucleares forem fechados, disse a mídia local ontem, repercutindo estimativas governamentaiss. A preocupação pública com a energia nuclear disparou depois do terremoto e tsunami em março, que causaram o maior desastre nuclear do mundo em 25 anos. Até maio de 2012, todos os 54 reatores japoneses poder ser fechados, se permanecerem os temores sobre sua segurança depois de que eles voltem a funcionar após um procedimento de manutenção. 
O governo adverte que isto aumentaria a poluição e os custos para a recuperação econômica, embora esteja discutindo modos de diminuir a dependência do país de energia nuclear, e o próprio primeiro-ministro Naoto Kan favoreça um futuro sem ela.  Se o Japão tiver de operar sem qualquer reator nuclear no próximo verão, a geração de energia será de apenas 162.970 megawatts, ou menos 9.2% do que o necessário nos picos de demanda, relata o diário janonês Asahi Shimbum, segundo a Reuters
Uma outra pesquisa, feita pelo Intituto de Economia Energética do Japão (IEEJ) estima que a energia que vai faltar está na casa dos 7.8%. Isto apesar de os produtores de energia a carvão, petróleo e gás terem dido que aumentarão suas produções em 85%, quase 100% e 70%, respectivamente. 
Ambas as simulações não levam em conta o efeito da economia de energia, que até o momento evitou apagões no Japão neste verão, quando há um pico de demanda por causa do uso disseminado de ar condicionado. "Teremos de fazer mais economia, se quisermos que as usinas nucleares fiquem paradas", disse  Hirofumi Kawachi, analista sênior da Mizuho Investors Securities. "Algumas pessoas dizem que podem cobrir uma diferença de 10%, mas as plantas de energia fóssil estão operando a plena capacidade neste verão, e portanto não sabemos se isto vai funcionar no próximo verão". Apenas 16 dos reatores nucleares do país se encontram agora em operação. Algumas indústrias escolheram operar nos finais de semana para evitar a demanda de pico e as vendas de ventiladores batem recordes com a redução do uso de ar condicionado. Como parte de uma campanha maior de evitar apagões, o governo considera um plano de equipar os lares com medidores inteligentes de energia, que podem rastrear o consumo para o uso mais eficiente de eletricidade.
Foto de Fukushima: Creative Commons
Fonte: Planeta Sustentável

terça-feira, 26 de julho de 2011

DADOS DA EMPRESA DE PESQUISA ENERGÉTICA

O consumo de energia em todo o Brasil cresceu 2,2% em junho na comparação com o jun/10. Nos 6 primeiros meses do ano o consumo nacional teve crescimento de 3,6% sobre o mesmo período de 2010.
- O consumo industrial atingiu 15.350 GWh, alta de 1,1% na mesma comparação. No semestre a alta foi de 3% ante o 1S10.
- O consumo residencial foi de 8.893 Gwh, número 2,5% superior ao apurado em junho de 2010. No semestre a alta foi de 4,1%.
- O consumo do setor comercial cresceu 5,5% dentre os meses de junho de 2010 e 2011, para 5.721 Gwh. No semestre a alta foi de 5,7%.
Adicionalmente a EPE revisou de 5,4% para 3,6% a estimativa para o crescimento do consumo de energia elétrica no Brasil em 2011. Segundo a EPE, as estatísticas apuradas no primeiro semestre deste ano apontam crescimento do consumo industrial aquém das previsões.
Diante disso e considerando o peso da indústria no market share do consumo de eletricidade, justifica-se a revisão das projeções da demanda para 2011. Assim, espera-se, para 2011, crescimento mais moderado da atividade econômica e, consequentemente, do consumo de eletricidade - em especial no segmento industrial.

segunda-feira, 25 de julho de 2011

Bicicleta que aproveita energia solar

Depois de a nova bicicleta elétrica wireless ter trazido inovação tecnológica ao mercado de transporte alternativo, a Vanmoof NO. 5, uma bicicleta com design totalmente novo projetada pela Dutch Cycle Company, transformando luz solar em energia e com lâmpadas LED incorporadas à estrutura frontal.




Relativamente mais leve que as bicicletas comuns, permite utilizar a energia por meio de uma entrada USB para recarregar telefones celulares e aparelhos de MP3 player. Também possui um sistema anti-roubo que a bloqueia caso tentem utilizá-la sem sua permissão.


Mais para a lista de opções de transportes alternativos favoritos, não?
Fonte: site Greenvana

terça-feira, 19 de julho de 2011

Homem morre depois de levar choque ao furtar cabo de rede elétrica em Florianópolis

Quando bombeiros chegaram ao local, vítima ainda estava agarrada ao fio

Um homem morreu depois de levar um choque no fim da noite de segunda-feira na rua Joaquim Nabuco, no bairro Capoeiras, em Florianópolis. A Polícia Militar suspeita que a vítima teria tentando roubar cabos da rede elétrica.
Quando os bombeiros chegaram ao local, o homem ainda estava agarrado ao cabo. Para fazer a remoção do corpo, uma equipe da Centrais Elétricas de Santa Catarina (Celesc) precisou desativar a rede elétrica no local. Como estava sem documentos, o homem ainda não foi oficialmente identificado, mas, segundo a PM, a vítima já era conhecida por furtar fiação no bairro.

Fonte: Diario Catarinense

domingo, 17 de julho de 2011

RS: jovem morre após queda de torre em parque eólico

Um jovem de 19 anos morreu na queda de uma torre no Parque Eólico de Osório, no Rio Grande do Sul, na manhã deste domingo. Eziel Rodrigues Betin, 19 anos, trabalhava na instalação de uma torre anemométrica, destinada à medição de ventos do parque, localizado a cerca de 100 km de Porto Alegre.
Eziel se encontrava no topo da torre, de aproximadamente 108 m de altura, quando os estais (cabos de contenção) se romperam e ocasionaram a queda da construção. O jovem ficou sob os destroços da torre, com múltiplas fraturas e sangramentos pelo corpo. Eziel trabalhava no local com seu irmão, e, quando os bombeiros chegaram no local após o chamado, o jovem já havia morrido.
Ainda não há informações sobre a causa do rompimento dos fios, definido pela polícia de Osório como um acidente de trabalho. Eziel era funcionário da empresa Newsite, do Paraná. Em um comunicado, a empresa lamenta o ocorrido e indica a abertura de um processo para averiguar suas causas.
Foto de arquivo mostra a torre anemométrica do parque de Osório, antes do acidente deste domingo. Foto: Divulgação
Fonte: site Terra

sexta-feira, 15 de julho de 2011

Tabela de capacidade de condução de corrente

Seção em mm²        Ampéres                         Seção em mm²          Ampéres
       1,5............................15                                         70..............................171
       2,5............................21                                         95..............................207
       4...............................28                                         120............................239
       6...............................36                                         150............................272
       10.............................50                                         185............................310
       16.............................68                                         240............................364
       25.............................89                                         300............................419
       35............................111                                        400............................502
       50............................134                                        500............................578
Nota: Capacidade de condução de corrente para cabos instalados em eletrodutos (até 3 condutores carregados), de acordo com a NBR-5410 (NB-3).

Critérios técnicos de dimensionamento de condutores elétricos

A seguir serão apresentados seis critérios técnicos considerando a NBR 5410, no que refere-se a dimensionamento de condutores elétricos. Estes critérios servem de subsídio para a escolha da bitola dos condutores e também do sistema de proteção, fusível, chave ou disjuntor.
  1. Seção mínima;
  2. Capacidade de condução de corrente;
  3. Queda de tensão;
  4. Sobrecarga;
  5. Curto-circuito;
  6. Contatos indiretos.
Para efeito de cálculo deve-se considerar o resultado que apresentar a maior seção entre os seis critérios abordados. 

Limites de queda de tensão

Instalações alimentadas diretamente a partir de um ramal de baixa tensão poderão admitir até 4% de queda de tensão. Já instalações alimentadas a partir de subestação ou transformador, ou até mesmo instalações com fonte própria de energia, como gerador, poderão ter até 7% de queda de tensão. Dados conforme norma NBR 5410/1997.

domingo, 3 de julho de 2011

A história da eletricidade

Foi descoberta por um filosofo grego chamado Tales de Mileto que, ao esfregar um âmbar a um pedaço de pele de carneiro, observou que pedaços de palhas e fragmentos de madeira começaram a ser atraídas pelo próprio âmbar.
Do âmbar (gr. élektron) surgiu o nome eletricidade. No século XVII foram iniciados estudos sistemáticos sobre a eletrificação por atrito, graças a Otto von Guericke. Em 1672, Otto inventa uma maquina geradora de cargas elétricas onde uma esfera de enxofre gira constantemente atritando-se em terra seca. Meio século depois, Stephen Gray faz a primeira distinção entre condutores e isolantes elétricos.
Durante o século XVIII as maquinas elétricas evoluem até chegar a um disco rotativo de vidro que é atritado a um isolante adequado. Uma descoberta importante foi o condensador, descoberto independentemente por Ewald Georg von Kleist e por Petrus van Musschenbroek. O condensador consistia em uma maquina armazenadora de cargas elétricas. Eram dois corpos condutores separados por um isolante delgado.
Mas uma invenção importante, de uso pratico foi o pára-raios, feito por Benjamin Franklin. Ele disse que a eletrização de dois corpos atritados era a falta de um dos dois tipos de eletricidade em um dos corpos. esses dois tipos de eletricidade eram chamadas de eletricidade resinosa e vítrea.
No século XVIII foi feita a famosa experiência de Luigi Aloisio Galvani em que potenciais elétricos produziam contrações na perna de uma rã morta. Essa diferença foi atribuída por Alessandro Volta ao fazer contato entre dois metais a perna de uma outra rã morta. Essa experiência foi atribuída a sua invenção chamada de pilha voltaica. Ela consistia em um serie de discos de cobre e zinco alterados, separados por pedaços de papelão embebidos por água salgada.
Com essa invenção, obteve-se pela primeira vez uma fonte de corrente elétrica estável. Por isso, as investigações sobre a corrente elétrica aumentaram cada vez mais.
Depois de um tempo, são feitas as experiências de decomposição da água. Em 1802, Humphry Davy separa eletronicamente o sódio e potássio.
Mesmo com a fama das pilhas de Volta, foram criadas pilhas mais eficientes. John Frederic Daniell inventou-as em 1836 na mesma época das pilhas de Georges Leclanché e a bateria recarregável de Raymond-Louis-Gaston Planté.
O físico Hans Christian Örsted observa que um fio de corrente elétrica age sobre a agulha de uma bússola. Com isso, percebe-se que há uma ligação entre magnetismo e eletricidade.
Em 1831, Michael Faraday descobre que a variação na intensidade da corrente elétrica que percorre um circuito fechado induz uma corrente em uma bobina próxima. Uma corrente induzida também é observada ao se introduzir um ímã nessa bobina. Essa indução magnética teve uma imediata aplicação na geração de correntes elétricas. Uma bobina próxima a um ima que gira é um exemplo de um gerador de corrente elétrica alternada.
Os geradores foram se aperfeiçoando até se tornarem as principais fontes de suprimento de eletricidade empregada principalmente na iluminação.
Em 1875 é instalado um gerador em Gare du Nord, Paris, para ligar as lâmpadas de arco da estação. Foram feitas maquinas a vapor para movimentar os geradores, e estimulando a invenção de turbinas a vapor e turbinas para utilização de energia hidrelétrica. A primeira hidrelétrica foi instalada em 1886 junto as cataratas do Niágara.
Para ocorrer a distribuição de energia, foram criados inicialmente condutores de ferro, depois os de cobre e finalmente, em 1850, já se fabricavam os fios cobertos por uma camada isolante de guta-percha vulcanizada, ou uma camada de pano.
A Publicação do tratado sobre eletricidade e magnetismo, de James Clerk Maxwell, em 1873, representa um enorme avanço no estudo do eletromagnetismo. A luz passa a ser estendida como onda eletromagnética, uma onde que consiste de campos elétricos e magnéticos perpendiculares à direção de sua propagação.
Heinrich Hertz, em suas experiências realizadas a partir de 1885, estuda as propriedades das onde eletromagnéticas geradas por uma bobina de indução; nessas experiências observa que se refletidas, refratadas e polarizada, do mesmo modo que a luz. Com o trabalho de Hertz fica demostrado que as ondas de radio e as de luz são ambas ondas eletromagnéticas, desse modo confirmando as teorias de Maxwell; as ondas de radio e as ondas luminosas diferem apenas na sua freqüência.
Hertz não explorou as possibilidades práticas abertas por suas experiências; mais de dez anos se passa, até Guglielmo Marconi utilizar as ondas de radio no seu telegrafo sem fio. A primeira mensagem de radio é transmitida através do Atlântico em 1901. Todas essas experiências vieram abrir novos caminhos para a progressiva utilização dos fenômenos elétrico sem praticamente todas as atividades do homem.

Consumo de energia elétrica

O consumo de energia elétrica no Brasil aumentou 2,8% em maio de 2011 na comparação com igual mês de 2010, de 34,27 mil GWh para 35,22 mil GWh, de acordo com os dados divulgados hoje pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE). A autarquia informou um incremento de 3,8% no consumo, para 178 mil GWh, de janeiro a maio de 2011 em relação à igual período de 2010. Nos últimos doze meses, o crescimento verificado foi de 5,6%, para 421,82 mil GWh.
Segundo a EPE, o consumo industrial apresentou comportamento estável entre maio de 2011 e igual mês de 2010, com ligeiro crescimento de 1%, para 15,16 mil GWh. Isso se explica, principalmente, pela retração de 4% na demanda por energia do segmento industrial no Nordeste. "Em Alagoas, o consumo decresceu 41% na comparação com o ano passado, reflexo, principalmente, da parada temporária da unidade da Braskem após o acidente ocorrido em suas instalações", afirmou a autarquia, em referência aos incidentes na fábrica de cloro soda de Maceió (AL) em maio.
No residencial, a expansão do consumo de energia foi de 5% no período, para 9,14 mil GWh. O bom resultado é consequência do aumento de 5,7% na demanda dos clientes residenciais no Sudeste, em razão de temperaturas mais elevadas que a média histórica, e da alta de 5,6% no consumo no Sul, em razão da mudança do sistema de gestão dos consumidores no Estado do Paraná - esse fator alongou o período de faturamento para adaptação do novo sistema.
No comercial, a EPE reportou um crescimento de 6% no consumo de energia, também puxado pelo Sudeste (+6,1%), pelo Sul (+10%) e pelo Centro-Oeste (+11%) - no Sul, novamente teve impacto positivo a mudança do sistema de gestão dos consumidores no Estado do Paraná.
A EPE informou que o consumo de energia no mercado livre, no qual os grandes consumidores podem escolher de quem comprar eletricidade, aumentou 6,4% entre maio de 2011 e igual mês de 2010, para 9,3 mil GWh. Nos últimos doze meses, o crescimento foi de 25,8%, para 109,5 mil GWh.

Fonte: Diário do Grande ABC