domingo, 21 de dezembro de 2014

BANDEIRAS TARIFÁRIAS

A partir de 2015, as contas de energia terão uma novidade: o Sistema de Bandeiras Tarifárias.  As bandeiras verde, amarela e vermelha indicarão se a energia custará mais ou menos, em função das condições de geração de eletricidade.

O sistema possui três bandeiras: verde, amarela e vermelha – as mesmas cores dos semáforos - e indicam o seguinte:
  • Bandeira verde: condições favoráveis de geração de energia. A tarifa não sofre nenhum acréscimo;
  • Bandeira amarela: condições de geração menos favoráveis. A tarifa sofre acréscimo de R$ 1,50 para cada 100 quilowatt-hora (kWh) consumidos;
  • Bandeira vermelha: condições mais custosas de geração. A tarifa sobre acréscimo de R$ 3,00 para cada 100 kWh consumidos.

Importante: Amazonas, Amapá e Roraima não estão no SIN e, portanto, nesses estados não funcionará o sistema de Bandeiras Tarifárias.

Consulte as perguntas e respostas abaixo e tire suas dúvidas sobre as bandeiras e como são calculadas.

Por que foram criadas as bandeiras tarifárias?
A energia elétrica no Brasil é gerada predominantemente por usinas hidrelétricas. Para funcionar, essas usinas dependem das chuvas e do nível de água nos reservatórios. Quando há pouca água armazenada, usinas termelétricas podem ser ligadas com a finalidade de poupar água nos reservatórios das usinas hidrelétricas. Com isso, o custo de geração aumenta, pois essas usinas são movidas a combustíveis como gás natural, carvão, óleo combustível e diesel. Por outro lado, quando há muita água armazenada, as térmicas não precisam ser ligadas e o custo de geração é menor.

As bandeiras tarifárias são mais um custo que será incluído à conta de energia?
As bandeiras tarifárias são uma forma diferente de apresentar um custo que hoje já está na conta de energia, mas geralmente passa despercebido. Atualmente, os custos com compra de energia pelas distribuidoras são incluídos no cálculo de reajuste das tarifas dessas distribuidoras e são repassados aos consumidores um ano depois de ocorridos, quando a tarifa reajustada passa a valer. Com as bandeiras, haverá a sinalização mensal do custo de geração da energia elétrica que será cobrada do consumidor, com acréscimo das bandeiras amarela e vermelha. Essa sinalização dá, ao consumidor, a oportunidade de adaptar seu consumo, se assim desejar.

Como foram calculados os custos de cada bandeira?
A aplicação das bandeiras é realizada conforme os valores do Custo Marginal de Operação (CMO) e do Encargo de Serviço de Sistema por Segurança Energética (ESS_SE) de cada subsistema.

O Custo Marginal de Operação (CMO) equivale ao preço de unidade de energia produzida para atender a um acréscimo de demanda de carga no sistema, uma elevação deste custo indica que a geração de energia elétrica está mais custosa. Um CMO elevado pode indicar níveis baixos de armazenamento de água nos reservatórios das hidrelétricas e condições hidrometeorológicas desfavoráveis, isto é, poucas chuvas nas bacias dos rios. O CMO também é impactado pela previsão de consumo de energia, de forma que um aumento de consumo, em decorrência, por exemplo, de um aumento da temperatura, poderá elevar o CMO. Quando isso acontece, as usinas termelétricas entram em operação para compensar a falta de água dos reservatórios das usinas hidrelétricas ou o aumento de consumo e, assim, preservar a capacidade de geração de energia dessas hidrelétricas nos meses seguintes.

Já os Encargos de Serviço do Sistema (ESS) são aqueles decorrentes da manutenção da confiabilidade e da estabilidade do Sistema Interligado Nacional (SIN). Os custos de ESS por segurança energética advêm da solicitação de despacho do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) para realizar geração fora da ordem de mérito de custo, ou seja, despachar geração mais custosa (térmicas), visando garantir a futura segurança do suprimento energético nacional.

Juntos, o CMO e o ESS_SE determinam a bandeira a ser adotada em cada mês, por subsistema:
  • Bandeira verde: CMO + ESS_SE menor que R$ 200,00/MWh (duzentos reais por megawatt-hora);
  • Bandeira amarela: CMO + ESS_SE igual ou superior a R$ 200,00/MWh e inferior a R$ 350,00/MWh;
  • Bandeira vermelha: CMO + ESS_SE igual ou superior a R$ 350,00/MWh.
Uma vez por mês, o ONS calcula o CMO nas reuniões do Programa Mensal de Operação (PMO) - quando também é decidido se haverá ou não a operação das usinas termelétricas e o custo associado a essa geração. Após cada reunião, com base nas informações do ONS, a ANEEL aciona a bandeira tarifária vigente no mês seguinte.

Eficiência energética: como economizar?
Com a aplicação das bandeiras tarifárias, o consumidor tem a oportunidade de gerenciar melhor o seu consumo de energia elétrica e reduzir o valor da conta de luz. O avanço da tecnologia permite usar menos energia para atender a uma mesma necessidade. Ou seja, obter o mesmo conforto ou os mesmos serviços com uma quantidade menor de recursos energéticos.

Utilizar a energia elétrica de forma consciente e racional é muito importante para o consumidor de energia elétrica e para a sociedade. Além de economizar na conta de luz, o uso eficiente de energia elétrica ajuda a evitar sua escassez. As ações de combate ao desperdício ajudam a evitar um aumento do preço final da energia elétrica.

Fonte: Aneel

terça-feira, 16 de dezembro de 2014

Uso obrigatório de DPS

A norma ABNT 5410/2004, em seu item 5.4.2.1 estabelece que todas as edificações dentro do território brasileiro, que forem alimentadas total ou parcialmente por linha aérea, e se situarem onde há a ocorrência de trovoadas em mais de 25 dias por ano, devem ser providas de DPS (Dispositivo Protetor de Surto).
Desta forma, quanto as condições climáticas, todas as edificações se enquadram nas condições determinadas acima e devem dispor de DPS.

domingo, 7 de dezembro de 2014

INSTALAÇÃO DE AR CONDICIONADO

Atualmente os aparelhos de ar condicionados se tornaram populares, no entanto, antes de instalar o equipamento é importante prestar atenção nas condições das instalações elétricas. Instalações elétricas muito antigas podem não suportar a potência do aparelho.
Primeiramente é necessário verificar a potência do aparelho de ar condicionado a ser instalado. Após deve-se verificar a bitola do fio da tomada à qual será ligado o aparelho, bem como, a capacidade do disjuntor que fará a proteção do circuito.
Em ambientes residenciais normalmente a instalação de um ar condicionado não faz diferença na carga total da edificação. Porém, se forem instalados vários equipamentos, aí é importante consultar um profissional técnico para fazer o correto dimensionamento das instalações.
Uma observação importante sobre a instalação de ar condicionados refere-se aos edifícios de uso coletivos. Projetos de prédios antigos não consideravam ar condicionados para todos os ambientes dos apartamentos. No máximo eram considerados ar condicionados em um dos cômodos. No entanto, com a popularização dos aparelhos, é comum as pessoas quererem instalá-los em seus apartamentos. Aí surge o problema! Como instalar ar condicionados em um prédio com 100 apartamentos, por exemplo? Será que a fiação da entrada de energia suporta a instalação de um número grande de aparelhos? Como os moradores querem um melhor conforto e o síndico não pode se comprometer autorizando algo sem saber da real condição do prédio, então, surge a necessidade de contratar um profissional técnico para a elaboração de um projeto do condomínio prevendo a ampliação da carga instalada do mesmo. Também deverá ser verificada as condições da fiação existente e seus disjuntores.
Uma dica importante para a instalação de ar condicionado é considerar que a bitola mínima da fiação para tomadas é 2,5mm2, conforme a norma NBR 5410.